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Poesia, fotografia, conto, dramaturgia, romance, artes visuais... O catálogo da Mocho Edições transita por variadas expressões artísticas.

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RAINHA KAMBINDA: A GUARDIàDE CULTURAS

Belisa Monteiro e Mariana Queiroz, com ilustrações de André Shibuya

INFANTOJUVENIL (SELO MOCHINHO)

Uma publicação do Coletivo Cuíca (Belisa Monteiro, Mariana Queiroz e André Shibuya) em parceria com a Mocho Edições. 
Nesta obra, mostraremos um pouco da vida da guardiã de cultura e Mestra Raquel Trindade, conhecida também como Rainha Kambinda, que dedicou toda sua vida à luta da promoção e valorização da cultura negra e das tradições de matriz africana, por meio de seus trabalhos como escritora, pintora, roteirista, professora, coreógrafa, iyalorixá, mestra e tantas outras atuações.
Raquel Trindade recebeu de seus ancestrais o legado de valorizar e contribuir com a luta do povo negro e até hoje é um símbolo de resistência e força para a cultura afro-brasileira. 
Acreditamos que um passo importante para conhecermos e valorizarmos a história das nossas culturas e principalmente da cultura de matriz africana é aprendermos a história dos nossos mestres e nossas mestras e reconhecer traços que fazem parte de nossas identidades.
Nós tivemos a honra de conhecer uma guardiã da cultura negra que nos ensinou sobre a importância de respeitar, valorizar e preservar as manifestações tradicionais afro-brasileiras e hoje escrevemos parte de sua história para agradecer e saudar essa referência para o nosso País. 
Esta obra foi contemplada pelo edital n° 23/2020 – Produção e publicação de obras sobre patrimônio histórico e cultural material e imaterial do Programa de Ação Cultural (ProAC), com apoio da Mocho Edições. Para sua escrita contou com a ajuda e o apoio de Vitor da Trindade, filho da Rainha Kambinda, Godiva Solano Trindade, sua irmã, Luciene Serafim da Silva, sua sobrinha e Elis da Trindade, sua nora.
Viva, Raquel Trindade.

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A FERA AO MEIO

Priscilla Menezes

Diante de um livro híbrido, observamos uma proposta poética de Priscilla dirigida a uma certa alternância entre o discurso lírico – com um fraseado fortemente imagético em cavalgamento vertiginoso nos poemas em verso livre – e uma prosa poética que flerta não raro com o gênero ensaístico, apresentando um corpo mais robusto, vigoroso, com uma mancha na página plena e preenchida.
Se a mudança de ritmo e forma se faz notar, intencional e marcada, as imagens, por sua vez, permanecem e se repetem, como um assombro – ou uma assombração. Como se Priscilla ora se deixasse levar pelo verso absorta, como num encantamento, ora pretendesse refletir ocupando outro lugar, deslocando sua posição subjetiva ao fazer uso de ferramentas textuais e retóricas, levantando hipóteses sobre perguntas importantes. Perguntas tácitas que elucubram sobre a condição humana; o destino; a analogia entre os eventos do céu e da terra; a ancestralidade com suas maldições e milagres; o desejo e “seu fluxo piroclástico”; a influência e o lugar biopolítico do animal na poiesis; a floresta; a fera. Tudo aquilo que é mágico, ígneo e violento. Observamos uma espécie de casuística oracular na qual a eu-lírica lança questionamentos fundamentais sobre o que há para além do que se mostra, ela mesma, em voz, prestes a entrar em combustão. 
Trecho do Prefácio de Rita Isadora Pessoa

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SEMENTES DE JOANA: A PRIMEIRA MESTRA DE MARACATU

Mariana Queiroz e André Shibuya

Uma publicação do Coletivo Cuíca (Belisa Monteiro, Mariana Queiroz e André Shibuya) em parceria com a Mocho Edições. 
Nesta obra, contamos a história da primeira mulher consagrada Mestra em uma Nação de Maracatu de Baque Virado: Mestra Joana Cavalcante. Ela está há mais de uma década à frente do Maracatu Encanto do Pina, no bairro do Pina, em Recife, Pernambuco.
Mestra Joana é um símbolo de resistência e força para a cultura brasileira. Possui, entre os diversos feitos, a idealização de um Maracatu só de mulheres que inspira e empodera - Movimento Baque Mulher, feministas do Baque Virado - e um programa social chamado Encantinho.
Mestra Joana também é mãe-pequena do terreiro Ylê Axé Oxum Deym, uma  verdadeira guardiã da cultura, comprometida com a luta contra as injustiças sociais e os preconceitos relacionados às religiões de matriz africana e ao povo negro.
Saudamos e agradecemos à Mestra Joana por sua vida e história de luta dedicadas à disseminação da cultura afro-brasileira. Prestamos aqui nossa homenagem a essa portadora da manifestação tradicional do Maracatu Nação de Baque Virado.
Esta obra foi contemplada pelo Edital de produção e publicação de obras de ficção infanto-juvenil do ProAC (Programa de Ação Cultural do Estado de São Paulo), da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Estado de São Paulo, com apoio da Mocho Edições.

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HAMLET, TRADUÇÃO DE RODRIGO BRAVO

William Shakespeare

Edição bilíngue, 
com estudo introdutório do tradutor

Na Dinamarca medieval, o príncipe Hamlet se vê forçado a abandonar seus estudos e retornar a seu país após a morte de seu pai, o rei. Ao chegar, no entanto, descobre que sua mãe casara com seu tio, que agora ocupa seu lugar de direito no trono. Guiado pelo fantasma de seu falecido pai, o príncipe tenta executar sua vingança enquanto precisa lidar com as intrigas da corte e seus próprios conflitos psicológicos.


A Coleção Shakespeare, do selo de tradução literária Pythia da Mocho Edições, traz ao público leitor o teatro e a poesia d’O Bardo em novas traduções pensadas para o palco contemporâneo. Compostas a partir da recriação da lógica enunciativa do texto original e prefaciadas com estudos filológicos acerca do conteúdo da peça e os critérios de seu processo tradutório, as traduções da Coleção Shakespeare buscam ser referência para professores, atores e companhias de teatro que desejam refletir sobre e operar a obra do autor em cena.

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ENSAIOS INCENDIÁRIOS SOBRE UM MUNDO NORMATIZADO (SÉRIE: DIÁLOGOS CONTEMPORÂNEOS)

Luis Gustavo Reis e Eduardo Bonzatto

A obra é composta por 42 ensaios divididos em 5 grandes temas: Provocações, Política, Diáspora, Ritmos e Violações. 
Estes diálogos começaram em meados de 2006, quando os autores que assinam esta missiva confabulavam despretensiosamente sobre diferentes temas do mundo contemporâneo.
A prosa ganhou volume e extrapolou os limites da voz. Foi aí que decidiram fazer as palavras falarem – escreviam para prender as ideias ao papel. Agora, tempos depois, os diálogos estão reunidos em livro com título pretensioso, disposto a incendiar um mundo normatizado e anestesiado pelas armadilhas do pensamento dicotômico. Evidente que o título tem lá sua demasia, mas num tempo carente de análises críticas oferecemos aqui uma fuga da normose, um antídoto às disfunções de um corpo social adoecido.
Nunca é demais recordar que pensamento crítico não é ser do contra. Isso é pensamento linear e dicotômico. Pensamento crítico é ser complexo. Pensamento complexo é pensar com as diferenças, não com as semelhanças. Pensar com as desigualdades é pensamento único, portanto, estandardizado, ou seja, fascismo.
Polêmicos, perturbadores e controversos, os textos compilados dissidem do automatismo do concordo/discordo que achou terreno fértil no atual tempo histórico. Desde a capa, caótica, surrealista, perturbadora, sobretudo pelo personagem central que a ilustra, o livro explicita seu conteúdo transversal: o livre pensar.
A escolha de Fela Kuti, cujas ideias são escrutinadas em um dos artigos, não é aleatória. Ele personifica a potência, a contradição, a complexidade da experiência humana. Com punhos cerrados, emerge sob um ambiente urbano diminuído por sua grandeza. Fela é a alegoria do selvagem destruindo a civilização, conceitos inventados pela modernidade e que aqui tiveram suas conotações originais invertidas. Ou seja, civilização é barbárie e barbárie é civilização.
O leitor que se aventurar por estas páginas sentirá desconforto, repulsa, alegria, estima e uma miríade de impressões, mas certamente não sairá delas da mesma forma que entrou. Não que o livro arrogue portar alguma pedra filosofal, mas foi escrito para criar desconforto, rompendo os diques onde repousam as análises simplistas. Como explicou Milton Santos, o papel do pensador é incomodar, falar o que ninguém quer ouvir, desconsiderar aprovações e salvas de palmas.
Racismo, política, música, escravidão são alguns dos temas que perfilam nesses ensaios, que podem ser lidos ao sabor das preferências do leitor.
Chegará o dia em que os incêndios tomarão as cidades pelos cabelos. Por ora, ainda vivemos sob a ordem colonial que a tudo domina, principalmente aqueles que desejam seu fim. Esses ainda bebem das ideias de gente como Charles Darwin e René Descartes, cujas epígrafes estampadas neste livro denunciam o caráter.
Fela Kuti alertou que a crítica selvagem à civilização precisa fazer presença. Como Fela, queremos que os selvagens invadam o coração das metrópoles e os bárbaros avancem sobre a carcaça da civilização.
(Trecho do Prefácio)

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OS MEDOS SECRETOS DO TIJOLO OCO

Luis Vassallo

Quantos segredos habitam uma solidez?
Embora pareça duro e firme como pedra, o tijolo oco guarda dentro de si os mais diversos medos.
Para conseguir conviver com seus temores, ele resolveu fazer parte de uma fortaleza, unindo-se com tijolos que pareciam ser tão firmes quanto ele. Mas um acontecimento inesperado levará o tijolo oco a um mergulho em seus medos e ao encontro de um movediço companheiro, que o preenche de uma coragem que ele nem imaginava ser possível.

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A HISTÓRIA DO GOZO E OUTROS CANIBALISMOS

Layla Loli

A história do gozo e outros canibalismos, obra de estreia da poeta e “teatreira” Layla Loli, reúne 38 poemas e 11 fotografias, que, quando se encontram, sussurram e trocam confidências. Os poemas são uma espécie de jornalismo corporal, histórias de um livro sagrado dos nervos ou, como diria Glauber Rocha, H(eu)stórias. Com as orelhas sensivelmente escritas pela vencedora do Prêmio São Paulo de Literatura 2018, Aline Bei, o livro oferta, em primeiro plano, o corpo, sem nhenhenhém pequeno-burguês, deslocando, ao contrário, todas as forças que o atravessam, eróticas, políticas e econômicas. POESIA E FOTOGRAFIA.

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O AMANHÃ FOI UM DIA SEM PRECEDENTES

Elenice Zerneri e Wander B.

Apresentação de Marici Salomão: "Conheci Elenice Zerneri e Wander B. na SP Escola de Teatro, como coordenadora e formadora do curso de Dramaturgia. Como se trata de uma escola modular, entraram em diferentes momentos, respectivamente 2018 e 2017, interagindo em alguns semestres. Além das aulas em comum, foram parceiros de trabalho nos experimentos da SP Escola e lembro-me com alegria dos processos realizados. Eles próprios estavam cientes do campo de forças que criaram tanto no fazer conjunto como no desenvolvimento de suas singularidades. Wander, multiartista vigoroso, se formou em Dramaturgia e, no ano seguinte, entrava no curso de Direção. Elenice, ainda como estudante de Dramaturgia, somava ao talento da escrita os dotes como atriz. Depois de formados, e colhidos, como fomos todos, pela pandemia/quarentena, fizeram emergir um projeto criativo para as redes que, agora, se transforma em livro.

Nesses tempos sombrios, crivados de ódio, pandemia e mudanças climáticas, é bonito — mais do que isso, é um alento — quando artistas talentosos fazem das afinidades artísticas gesto de criação. Nasce, então, O amanhã foi um dia sem precedentes, um livro com cem textos curtos – entre crônicas, contos e monólogos –, criados singularmente por cada um deles (50 textos de cada autor). Textos que associam a palavra aos tempos presentes: ora melancólicos e ácidos, ora cômicos e sutis.

A centena criativa surgiu de um programa performativo realizado pela dupla durante a quarentena (maio a setembro de 2020). A série integral foi teatralizada e apresentada nas plataformas digitais, sob o título @umahistoriacontaoutra. Os próprios performaram, em sistema de revezamento (quando Wander escrevia, era Elenice quem atuava e vice-versa). Contaram também com convidados, como os excepcionais atores Antônio Petrin e Georgette Fadel. 

Viver um período tenebroso e saber revertê-lo em ações criativas talvez seja uma das mais sábias lições para este presente insólito, além de cunhar um gesto nascido do campo de conhecimento. Como eles próprios dizem: uma união sonhada para um bom ator e um bom texto. A mim, que contribuí na formação desses artistas, uma união repleta de iniciativa e talento."

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ODE A LORCA & OUTROS POEMAS

IkaRo MaxX

Ode a Lorca, sexto livro de IkaRo MaxX, como diz Roger Tieri no prefácio, "é uma ode de um poeta vivo a um poeta morto, ode que reluz na fogueira das páginas trágicas que batizam o vento a cada vez que são viradas. Mas, cuidado, não se engane, nitidamente quem está vivo é Lorca – IkaRo MaxX morre a cada verso". Coleção Panfletos poéticos. POESIA

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HURRICANE MUSIC

Sean Negus, tradução de Rodrigo Bravo.

Mas que música seria essa que nomeia o furacão? Se nos lembrarmos do que observa Fernando Pessoa, por meio de seu heterônimo Bernardo Soares, no Livro do Desassossego, poesia é a música da ideia. E é essa, acredito, a essência do Furacão Música de Sean Negus, perceber a beleza no caos dos signos e símbolos que perfazem a cultura e a vida humana e dele extrair sua música, sua própria forma de poesia experimental (trecho do Prefácio de Rodrigo Bravo). POESIA

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O SILÊNCIO DE CASSANDRA

Ravenna Veiga

Na mitologia grega, Cassandra é a profetisa amaldiçoada por Apolo ao recusá-lo: é condenada a prever a desgraça e não ser acreditada. Diante de um mito fundante para pensar a deslegitimação das vozes femininas, a obra é constituída por contos criados a partir de experimentos corporais. Cassandra caminha pelas ruas de São Paulo como dispositivo que permeia um eu-lírico instável. Vários sujeitos se comunicam através do corpo-oráculo: Hécuba, Polixena, Helena, Ifigênia, Clitemnestra e outras personagens presentes nas obras de Eurípides e Ésquilo. Mulheres míticas aparecem nestas páginas como vozes da metrópole. A história da queda de Troia e do presente dado pelos gregos é apresentada em narrativas fragmentadas de um país que ignorou os avisos dos oráculos,
provocando o massacre dos seus. Colagens (capa e miolo) de Michele Alves. CONTOS PERFORMÁTICOS

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PERVERTIDOS

Sabine Mendes Moura

Pervertidos, segundo romance de Sabine Mendes Moura, reconstrói o tempo, pervertendo-o. A princípio nos sentimos perdidos, pois o fio narrativo é fragmentado pela memória, que irrompe, como na vida. Afinal de contas quem vive realmente um tempo linear? Somos com frequência assaltados por lembranças, que não nos deixam agir como autômatos. O tempo, sucessivamente dilatado e contraído, por meio da memória, faz de nós o que somos: um bloco de afetos.
E, por serem blocos de afetos, nos interessamos por Gabriela, Rafael, Bia e Clarissa, personagens de Pervertidos, e queremos decifrá-los, saber para onde vão, o que se passa e o que se passou, até percebermos que suas memórias permitem recolher e (re)construir vestígios de vivências em múltiplas interpretações. ROMANCE
.

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ARGHVAN

Moacir Amâncio

"Arghvan", longo poema narrativo em inglês publicado originalmente no livro Ata (2007), encontra-se agora reeditado e publicado pelo selo de tradução literária Pythia, da Mocho Edições, em forma de livro bilíngue, com tradução para o hebraico de Michal Held Dalaroza. A edição também conta com prefácio bilíngue (inglês e hebraico) da tradutora e apresentação de Yair Mazor. POESIA

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MATRIOSKA

Fernanda Gama

É a apresentação de fim de ano do grupo de teatro da escola. A peça é A Gaivota, um texto velho e meio chato que ninguém queria fazer, mas o professor insistiu muito. Quatro meninas ficam nos bastidores quase o tempo todo porque não tem papel para elas. Elas precisam fazer o tempo passar. E através de suas conversas entendemos o que se passa com esse elenco: por que o ator que faria o personagem principal não veio, por que ninguém da turma quer falar com uma das protagonistas, por que o amor é essa coisa tão desejada e tão impossível, por que uma garrafa de vodka circulando pela coxia pode ser bom e ruim ao mesmo tempo, e por que alguns silêncios precisam acabar. TEATRO JOVEM

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MINHA VIDA EM BRANCO

Cristina Pescuma

A obra 𝐌𝐢𝐧𝐡𝐚 𝐯𝐢𝐝𝐚 𝐞𝐦 𝐛𝐫𝐚𝐧𝐜𝐨, da historiadora Cristina Pescuma apresenta contos acompanhados por 31 produções visuais desenvolvidas por 20 fotógrafos e artistas gráficos. A capa é assinada pela fotógrafa, pesquisadora e artista gráfica Priscila Bellotti. Destacamos parte do Prefácio da poeta, compositora, escritora e editora Katherine Funke:

"No rio da poesia, Cristina pesca: uma, duas, trinta e uma cenas de personagens que vivem uma 'vida em branco'. No rio da poesia, Cristina percebe: a vida, essa página em branco, esse livro por escrever, dia a dia, sendo escrito aqui por 31 pessoas. Por 31 milhares, milhões de pessoas. E o que elas fazem – e o que nós fazemos das nossas vidas? É uma pergunta deliciosa, incômoda, uma constante neste livro. Gastamos com telas, com amores vãos, com dias repetitivos, com bebedeiras, com picos de lucidez? O que é a vida para os seres humanos ainda capazes de serem seres sensíveis, capazes de viver “sempre o abismo sempre o oco / sempre a fantasia sempre o sonho”?
[...] Os muitos personagens deste livro, sua autora, seus artistas, sua própria editora e esta prefaciadora pequenina aqui que vos escreve, não podemos sair da leitura sem estarmos agora conscientes da potência contida em nossas vidas em branco. Porque Cristina pescou 31 personagens conscientes e, às vezes, bastante incomodados com o absurdo do real."

CONTO E ARTES VISUAIS

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A LONGA NOITE DE BÊ

Fernando Ferrone

O que é a literatura senão a arte de contar uma boa história? Uma história que prenda do início ao fim nos tirando da realidade próxima conhecida, criando uma nova, a realidade dos personagens de um livro. Quando isso acontece, a boa literatura também acontece. Neste segundo romance de Fernando Ferrone encontramos tudo isso, assim como a mão segura de um ainda jovem escritor.
Bê, Lila e Rasta, três amigos de faculdade que, de sócios de um laboratório amador de cocaína, estudantil, de fundo de quintal, viraram três integrantes de um triângulo amoroso imerso em muita ação, movido a vinganças pessoais, pivô de uma narrativa na qual se mesclam a aridez da vida e a fragilidade das relações humanas. Três amigos presos em uma noite sinistra, onde o acerto de contas com o passado os obriga a pagar o preço.
Neste drama policial sem mocinhos, de zero maniqueísmo, Fernando nos mostra com maestria que o lugar do bom e o do mau são sempre relativos, cambiantes. Toda decisão tem seus efeitos e o tempo sempre impõe que cada um arque com as suas responsabilidades. Bê, Lila e Rasta saberão arcar com as suas?
Os três conseguirão acertar as contas com seu passado mesmo que isso possa custar as suas liberdades? As suas vidas?  
Cabe ao leitor mergulhar nesta longa noite e tirar suas próprias conclusões.

*Apresentação de Morgana Kretzmann

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LIVROS: Livros
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